quinta-feira, 2 de junho de 2011

1991: O ano do Criciúma

Há 20 anos, o Criciúma Esporte Clube levantava o troféu de campeão da Copa do Brasil.

1990: Primeira surpresa

No ano de 1990, o Criciúma já mostrava sua grandeza no cenário nacional. Disputando a Copa do Brasil pela primeira vez, a equipe catarinense chegou à semifinal, superando três grandes clubes brasileiros nas fases iniciais.

Primeiro foi o Internacional de Porto Alegre, onde o Criciúma perdeu por 1 a 0 na casa do adversário, e venceu por 2 a 0 no Heriberto Hülse. Na fase seguinte, o adversário foi o Coritiba. Onde os paranaenses foram derrotados por 1 a 0 em pleno Couto Pereira, e, não saíram do zero no majestoso. Nas quartas de finais, o Criciúma eliminou o “todo poderoso” São Paulo. O placar agregado foi 2 a 1 em favor do tigre. Vitória por 2 a 0 em Criciúma e derrota catarinense por 1 a 0 em São Paulo.

A semifinal foi a ponto de parada do Criciúma na competição. Após a derrota por 1 a 0 em Criciúma e vitória pelo mesmo placar em Goiânia, o finalista ficou decidido na decisão por cobranças penalidades máximas, onde o Goiás venceu por 3 a 1.

1991: Primeiro título nacional

A estreia tricolor na Copa do Brasil de 1991, foi contra o Ubiratan no Mato Grosso do Sul com um empate em 1 a 1, e o resultado da partida de volta, disputada no Heriberto Hülse, goleada por 4 a 1. Nas oitavas de finais, dupla vitória por 1 a 0 em cima do Atlético Mineiro. Na fase seguinte, o rival era novamente o Goiás. Mas desta vez, o tricolor se deu bem, empatando sem gols no Serra Dourada e aplicando 3 a 0 em Criciúma. As semifinais foram mais dois jogos sem sofrer gols. Vitórias por 1 a 0 e 2 a 0 em cima do Remo / PA.

Desta forma, a equipe estava na final, em apenas duas participações. A primeira partida foi disputada na cidade de Porto Alegre, e o adversário, era o Grêmio. E, em apenas quinze minutos, Vilmar abriu o marcador. Com isto, os gaúchos partiram para cima dos catarinenses, e faltando apenas cinco minutos para o término da partida, o árbitro Márcio Rezende de Freitas marcou um pênalti duvidoso a favor dos mandantes. Maurício converteu a cobrança. O resultado dava a vantagem do empate sem gols na partida de volta para a equipe criciumense levantar a taça de campeão.

Um dia inesquecível

Nenhum torcedor esquece daquele 2 de junho de 1991. A cidade estava toda enfeitada de preto, amarelo e branco. E o estádio, completamente lotado, com um público de 19.525 torcedores.

Com a torcida animada, os jogadores do tricolor catarinense encontraram garra, para segurar os gaúchos e deixar a partida terminar em 0 a 0. E consequentemente, este empate sem gols é o mais comemorado nos 64 anos de glórias do Criciúma Esporte Clube.

Libertadores de 92

Além de surpreender o Brasil, os torcedores viram o Criciúma obter êxito na Libertadores da América de 1992. Onde o time terminou em um surpreendente, e honroso, quinto lugar. Eliminando o Sporting Cristal do Peru nas oitavas, além de conquistar vitórias contra os grandes São Paulo e Bolívar na primeira fase.

O Criciúma foi eliminado nas quartas de finais, pelo São Paulo – que se tornaria campeão da Libertadores e do Torneio Intercontinental daquele ano – com uma derrota pelo placar mínimo em São Paulo e um empate em 1 a 1 no Heriberto Hülse. Ao término da partida, os 21 mil torcedores que se encontravam no estádio, se levantaram e aplaudiram o time que surpreendeu em uma das mais importantes competições de futebol no mundo.

Texto: Lucas Heckler
Imagem: Arquivo

Nenhum comentário: