Foto de: Lucas Heckler / Arquivo |
Almir Bortolotto ou para os mais conhecidos somente Bortolotto. Criciumense nascido em 26 de janeiro de 1964, casado, é formado em Educação Física e se inclui entre os servidores da Prefeitura Municipal de Içara. Além disso, atua no esporte amador. Aliás, nesta segunda atividade é considerado referência entre árbitros. Um dos últimos jogos que mediou na cidade foi a final do Praião.
O desportista fez parte da fundação da Liga Atlética Içarense e se mantém na entidade. Trata-se de um integrante ativo na organização do citadino de futebol pela entidade. No último ano comandou a escalação da arbitragem no Municipal. A mesma incumbência foi delegada para os campeonatos de verão da Subprefeitura no verão 2012. E a experiência será ampliada pelo Campeonato Içarense de 2012.
Seja no campo de areia ou no gramado, é conhecido por posicionamentos rígidos que aparenta impor respeito entre os jogadores. Não aceita que atletas retruquem as suas decisões. Agressão verbal também faz parte da lista de ações que repudia. O rigor parece natural ao ser vinculado à Junta Militar mantida em Içara.
Ao Canal Içara, Almir falou sobre o cenário futebolístico amador. Criticou a Federação Catarinense de Futebol e desabafou quanto a falta de reconhecimento no passado. A interferência política em Içara é apontada por ele como um dos motivos que o levou a negar a presidência da LAI mais recentemente. Quase monossilábico, se manifestou em mais de uma dezena de questionamentos. Confira a entrevista:
Quando se percebeu a necessidade de Içara ter uma liga esportiva?
Quando notamos que os clubes de Içara teriam que se organizar em estruturas e não ficar só dependo do Poder Público.
Como eram os trabalhos da LAI no início?
Foi difícil implantar o sistema. Mas depois todos os clubes tiveram o conhecimento de que tudo seria melhor com o estatuto.
Mudou a forma de se fazer campeonatos de futebol?
Bom, cada entidade tem uma maneira de promover. Sempre deve-se adequar para a melhoria do esporte.
Acha interessante a Liga Atlética Içarense organizar competições de outros esportes além do futebol?
Não. Cada entidade deve se responsabilizar em sua área.
Uma das reclamações nos times amadores é a falta de recursos. Este é o principal problema para a montagem de uma equipe?
Não vejo assim. Os clubes poderiam achar uma maneira mais adequada tentando não inflacionar com jogadores caros.
O pagamento para jogadores amadores é correto? Este é o modelo ideal?
Não, não.
Qual a perspectiva que você tem para o futebol amador na região e também em Içara?
Vejo que se não houver um trabalho que venha envolver a rapaziada de hoje cada vez mais, ficará complicado para se formar uma equipe e com isto o esporte amador irá ficar mais difícil.
Existe dificuldade de encontrar árbitros atualmente? Faltam cursos para a formação de novos árbitros?
Sim. Para se formar um árbitro hoje temos que trabalhar muito e existe também falta de interesse das pessoas.
Qual a participação que a Federação Catarinense de Futebol deve ter no esporte amador?
Deveria ser fundamental. Mas ela só se preocupa com aquilo que lhe dá lucro.
Recentemente você foi convidado para compor a Presidência da LAI e recusou. Por quê?
Bom, tive uma grande decepção no esporte de Içara quando fui contratado em 1989 para organizar o Campeonato Amador. Consegui a implantar um grande trabalho fundando a LAI com o fornecimento de estrutura para todas as equipes. Formalizamos o ranking do campeonato, que hoje você não encontra porque outras administrações não sabem onde está. Por politicagem fui afastado sem ter sido reconhecido pelo trabalho que fiz na minha administração.
Qual o seu projeto pessoal no esporte amador?
No momento é continuar somente apitando. Quem sabe no futuro poderei mudar de ideia.
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