Foto de: Fernando Ribeiro/Arquivo |
Por Eduardo Madeira
Criciúma (SC)
Pela nona vez em 13 participações, o Criciúma irá encarar uma equipe paulista na Copa do Brasil. O time catarinense inicia sua caminhada na competição na quarta-feira, 3, contra o Noroeste em Bauru. Apesar das antagônicas biografias dos dois clubes, o Tigre entrará em campo com um desequilíbrio histórico nos confrontos diante de equipes de São Paulo.
Em suas 12 disputas, o Criciúma enfrentou quatro times paulistas em oito partidas. Nas quatro séries de ida e volta, os catarinenses triunfaram duas vezes e fracassaram no restante das oportunidades.
O primeiro adversário foi o São Paulo em 1990. Na época, o tricolor paulista já contava com Raí e outros atletas que figurariam no bicampeonato mundial dos anos seguintes, mas sem Telê Santana no banco de reservas, não foram páreo para a equipe de Roberto Cavalo, Sarandi e Vanderlei e caíram fora da competição. O Criciúma venceu por 2 a 0 no Heriberto Hülse e ainda assim se classificou com o tropeço pelo placar mínimo na volta em São Paulo.
Doze anos depois, o Tigre, na época treinado por Cuca, hoje técnico do Atlético Mineiro, e com alguns jogadores que formariam a base campeã da segunda divisão no mesmo ano, foi eliminado pela Portuguesa em dois duros jogos. Na ida, em Criciúma, vitória dos mandantes por 3 a 2, mas no Canindé, a Lusa venceu por 1 a 0 e tirou os catarinenses da Copa do Brasil.
No ano seguinte, o Palmeiras foi o adversário e o Tigre novamente teve de digerir um resultado amargo. Após empate por 1 a 1 no Heriberto Hülse, o Criciúma saiu na frente no Palestra Itália com Juca, mas sofreu a virada ainda no primeiro tempo e foi eliminado com a derrota por 2 a 1.
O último encontro do Criciúma com paulistas na Copa do Brasil foi em 2006 em um dos jogos mais marcantes da história recente do time catarinense no torneio nacional. Após perder por 4 a 1 no ABC para o São Caetano, o Tigre fez valer a força de sua torcida e goleou na volta por 4 a 0 no Heriberto Hülse, confirmando a classificação para enfrentar o Vasco da Gama na fase seguinte – onde seria eliminado.
No histórico geral, o Criciúma venceu três dos oito jogos que fez contra equipes paulistas na Copa do Brasil, acumulando ainda quatro derrotas e um empate, com 12 gols marcados e 11 sofridos.
Contagem centenária
Além de buscar uma importante vaga para a fase seguinte da Copa do Brasil, o Criciúma procura conquistar um novo feito para sua história na competição: chegar aos 100 gols.
Em todas as suas participações na Copa do Brasil, o Tigre balançou as redes 99 vezes e caso marque um único gol na partida da quarta-feira contra o Noroeste, chegará à contagem centenária de gols em sua história no torneio.
Nas 12 participações anteriores na Copa do Brasil, o Criciúma fez 62 jogos, venceu 29 vezes, empatou 14 partidas e foi derrotado em 19 oportunidades, com 54,3% de aproveitamento. Em toda história, o time catarinense encarou equipes de 14 estados diferentes, tendo o Rio de Janeiro como principal adversário, com 11 jogos contra equipes cariocas, seguidos por Rio Grande do Sul e São Paulo, com dez e oito, respectivamente.
Além disso, o Criciúma entra na edição de 2013 da Copa do Brasil com a intenção de melhorar seu desempenho recente na competição, já que, na década de 90, os catarinenses tiveram aproveitamento de 56,4% em 36 jogos disputados, mas nos anos 2000, o desempenho caiu para 48,7% com dez jogos há menos.
Nas suas últimas duas participações, o Criciúma não passou da segunda fase e teve aproveitamento inferior a 35%. Somando os resultados dos dois anos, o Tigre venceu apenas dois dos cinco jogos e sofreu 14 gols, sete deles marcados pelo Atlético Paranaense nos dois duelos de 2012.
As melhores campanhas criciumenses a partir de 2000 foram em 2006 e 2008, quando chegou as oitavas-de-final, parando no Vasco em ambas as ocasiões. Em aproveitamento, a participação mais proveitosa do Tigre foi em 2003, mesmo caindo na segunda fase, com 58,3% de aproveitamento. No citado ano, os catarinenses venceram dois jogos, empataram e perderam um.
Curiosamente, nos números de aproveitamento, a melhor campanha do Criciúma não foi no ano em que conquistou a Copa do Brasil, em 1991, e sim em 1999, quando venceu três dos quatro jogos que fez e só caiu fora da competição após perder para o Botafogo no Maracanã. Estatisticamente, o aproveitamento tricolor foi de 75% em 1999, enquanto em 1991, foi de 73,3%, apesar do troféu e da campanha invicta.
¹ Eduardo Madeira - Especial Portal Satc
¹ Eduardo Madeira - Especial Portal Satc
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