quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

“Gosto do nome zagueiro-artilheiro”, define Edvânio

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Lucas Heckler
Por Lucas Heckler
Içara (SC)
No futebol, fazer gol é a principal função do atacante. Aos zagueiros, a definição é evitar que o time adversário consiga balançar a rede. Mas, o içarense Edvânio dos Reis, gosta de se diferenciar. Como atua no sistema defensivo, ele busca evitar que os adversários façam, mas por muitas vezes ele surpreende os rivais com jogadas de ataque a também acaba fazendo gol. E assim ele vem se destacando nos clubes pelo qual passa, ficando conhecido como zagueiro-artilheiro.

“Gosto do nome zagueiro-artilheiro”, define o atleta içarense. Este ano, ele defendeu a camisa do Sampaio Corrêa, do Maranhão. No clube da região Nordeste do país, ele atuou 35 vezes ao longo da temporada e marcou sete gols, média de um gol a cada cinco jogos. Para efeito de comparação, no Criciúma este ano, o principal goleador foi o atacante Lucca, que em 34 jogos fez oito gols. 

Mas, a liberdade que encontra com o ataque tem uma explicação. E vem do início de sua participação como jogador de futebol. “Por onde passo sempre faço gols, tenho um bom posicionamento dentro da área na questão bola parada ofensiva, tenho um cabeceio muito forte. Nas categorias de base, quando comecei, eu era atacante, então tenho uma noção de como finalizar bem as jogadas ofensivas”, coloca. 

Esta foi a primeira temporada de Edvânio como profissional no qual ele ficou o ano inteiro em um mesmo clube. Nos anos anteriores, geralmente defendia uma equipe no primeiro turno e outra no segundo turno. Mas, mesmo tendo ficado o ano inteiro em um mesmo time, ele divide a temporada em duas partes.

“No primeiro semestre, que eu estava muito bem, chegamos à final do Estadual, só que não conseguimos o titulo. Tivemos uma campanha ótima na primeira fase da Copa do Nordeste, na qual conseguimos uma classificação que nos tirada com uma punição de perda de pontos por escalar um jogador irregular, erro da direção do clube. Tivemos ainda uma participação na Copa do Brasil, onde fomos eliminados pelo Palmeiras, que posteriormente foi o campeão”, destaca. 

Edvânio considerou o início da temporada como ótima e destacou que conseguiu manter o bom desempenho até no começo da Série B do Campeonato Brasileiro. “Mantive a regularidade, até que fiquei suspenso um jogo e depois nunca mais voltei a titularidade. Fiquei o segundo semestre todo brigando por espaço sendo opção no banco de reservas , opção do treinador, coisas do futebol. Para colocar um de confiança dele, que já havia trabalhado com ele, acabou me tirando do time titular, então o segundo semestre pra mim acabou não sendo bom”, comenta. 

Na Série B do Campeonato Brasileiro, embora tenha ficado boa parte da disputa como reserva, Edvânio fez parte de uma das equipes que surpreendeu na competição. A equipe maranhense terminou na oitava colocação, mas brigou até nas últimas rodadas pelo acesso à elite do futebol nacional. 

“No Brasileiro da Série B, a participação foi boa, surpreendendo muitas equipes. Faltaram alguns detalhes para conseguir o acesso, talvez a coragem de arriscar mais em alguns jogos que poderíamos ter vencido e ficamos apenas no empate. Também a questão financeira do clube estava meio conturbada com alguns atrasos de salários”, detalha o defensor içarense.

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