sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Homenagem aos Heróis do Passado

Por Fernando Ribeiro¹
Foto de:
Fernando Ribeiro/
Divulgação

Assim como o próprio hino do clube aponta para a lembrança dos heróis do passado, o Criciúma promoveu na manhã desta sexta-feira uma homenagem a atletas que ajudaram a construir a vitoriosa história. Foram homenageados os ex-jogadores Waldemar Durval da Silva, o Bigode, Murici José Búrigo, Lédio Búrigo, Walcir Búrigo, o Thiro, Luiz Valmir Colombi e Mauro Meller. Os quatro primeiros compareceram ao evento. 


Os homenageados ganharam um certificado de agradecimento do Tigre, além de uma miniatura do estádio Heriberto Hülse. O encontro ocorreu no restaurante do grupo de jogadores profissionais. Após a entrega de certificados, os ex-atletas foram até as arquibancadas e encerraram a visita ao estádio Heriberto Hülse passando pelas arquibancadas, camarotes e na Loja Tigre Maníacos. O encontro foi promovido pelo Criciúma em parceria com o historiador Renato de Araújo Monteiro. “São homens de valor. São heróis do passado e do presente”, aponta o superintendente do Criciúma, Domingos Cesca. 


Bigode, morador de Morro da Fumaça, não escondia a felicidade em ser homenageado pelo clube e por poder encontrar antigos companheiros de clube. “Fiquei muito contente com a lembrança”, aponta o ex-meia esquerda, com o sorriso estampado do rosto. Um jogo inesquecível de Bigode foi contra o Atlético Operário. “Foi uma partida que deu uma grande briga. Éramos rivais. A partida ocorreu no campo do Ouro Preto. Minha mãe alertava para eu ter cuidado. Tínhamos muito amor à camisa”, complementa. 

O ex-zagueiro Thiro relembra com carinho de um confronto no qual atuou com o pé quebrado. “Fomos campeões do Regional da Larm contra o Atlético Operário. Joguei com o é direito com uma fissura. Machuquei no jogo anterior. Mal andava e fui obrigado a jogar. Cheguei a ser chamado de covarde e até chorei. Tomei uma injeção e fui para o jogo. Só aliviou para mim quando abrimos 2 a 0 e o Gersinho, jogador deles, foi expulso”, conta Thiro. 

Lédio Búrigo foi lateral direito do Comerciário e fez parte da diretoria do clube durante a mudança do nome para Criciúma. Inclusive ele foi quem deu a ideia das cores atuais do clube, amarelo, preto e branco. “Lembro que dei a ideia. Preto do carvão, amarelo do ouro e branco da paz. O Antenor (Angeloni) que diz que as cores foram uma sugestão minha”, relembra, com orgulho. Um jogo inesquecível ocorreu no Regional da Larm de 1952. “Enfrentamos o Araranguaense, que possuía um grande time. Me colocaram para jogar e mal toquei na bola. O Murici não deixava. Foi a minha sorte”, conta, aos risos. 

O ex-meia Murici é apontado pelos companheiros como o jogador mais talentoso da época. Inclusive, ele chegou a passar por um período de testes no Botafogo do Rio de Janeiro. Na ocasião, jogou com grandes nomes do futebol como Zagallo, Heleno e Nílton Santos. “Só não fiquei porque também dependia para viver do meu restaurante. Se eu não tivesse o meu estabelecimento, teria ficado por lá”, revela. “Uma homenagem dessas não é para qualquer um. Eu gostava muito de correr atrás da bola”, completa.

¹ Assessoria de Comunicação do Criciúma Esporte Clube

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